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DOMÍNIO PÚBLICO

ESPETÁCULO EM CIRCULAÇÃO

Domínio Público (2017)

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Em 2017, os artistas Elisabete Finger, Maikon K, Renata Carvalho e Wagner Schwartz foram objeto de acalorados debates em torno da liberdade de expressão, censura e limites na arte. Wagner, em sua performance La Bête, oferece seu corpo nu para ser dobrado e desdobrado pelo público – revisitando a proposta das esculturas Bichos, de Lygia Clark. Em sua apresentação, no Museu de Arte Moderna de São Paulo, o performer foi tocado por uma criança, acompanhada de sua mãe. Um recorte em vídeo deste momento foi manipulado por grupos conservadores e viralizado nas redes sociais, atribuindo ao artista o título de “pedófilo”. 

 

Elisabete, coreógrafa e mãe da criança que participou de La Bête, sofreu uma avalanche de acusações e ameaças em meio a inquéritos policiais e interrogatórios políticos, que colocaram em questão o papel da mulher, da mãe, do público e da artista no Brasil de hoje.

 

Maikon, em sua performance DNA de DAN, fica nu e imóvel dentro de uma bolha transparente. Na apresentação em frente ao Museu Nacional da República, em Brasília, teve seu cenário danificado e foi detido pela polícia militar sob a acusação de ato obsceno.

 

Renata, atriz, teve sua peça O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu censurada e foi impedida de se apresentar por ser travesti e interpretar Jesus Cristo no teatro. 

 

Em Domínio Público, os quatro se juntam para uma reflexão a partir dos ataques sofridos. Tomando como ponto de partida um dos ícones da história da arte, revelam como uma obra pode ser utilizada em diferentes narrativas ao longo dos tempos, incitando as mais diversas reações, espelhando os fatos e absurdos de nossas sociedades.

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